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Inauguração da emergência do Ernesto Simões é adiada para o dia 25

22 de abril de 2016

Prestes há completar três anos, as obras para a inauguração das instalações da emergência do Hospital Geral Ernesto Simões Filho ainda não foram concluídas. Após o anúncio feito pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), a entrega da unidade deveria ter sido realizada no último dia 29, mas não aconteceu. Desde então, a situação se repete e os pacientes continuam sendo atendidos de forma precária em contêineres. O Governo do Estado da Bahia divulgou uma nova data para inauguração, que acontecerá no próximo dia 25 (segunda-feira), às 8h30, na Praça Conselheiro João Alfredo, no bairro de Pau Miúdo, em Salvador.

Na última fiscalização, realizada no dia 11 de abril, foi constatado pelo Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb), que as irregularidades da emergência ainda persistem. O local tem superlotação de pacientes, acomodação física insatisfatória e sofre com a violência. Para o conselheiro Otávio Marambaia a situação encontrada na unidade viola os direitos dos médicos e dos pacientes. ”Visitei o contêiner em uma fiscalização e fiquei indignado. Os pacientes estavam sendo atendidos sentados em cadeiras comuns e sem privacidade nenhuma. Esse cenário se estende há três anos. Isso é indigno”, ressaltou ele.

Ciente da situação, o Conselho realizou uma reunião na última terça-feira (19), com a Vigilância Sanitária e Ambiental (Divisa) e Ministério Público (MP), para tratar dos problemas encontrados na unidade de saúde. A Sesab e a equipe da emergência, também convidadas, não compareceram. Segundo a promotora de Justiça, Karita Conceição Cardim de Lima, o Ministério Público já fez várias reuniões e visitas ao Ernesto Simões. “Entramos com uma ação civil pública, em agosto do ano passado, referente à paralisação das obras e de lá pra cá estamos cobrando do judiciário”, concluiu.

Em ofício, enviado para o Cremeb no dia 2 de março, o secretário de saúde, Fábio Villas-Boas, reconheceu que a Sesab estava ciente das dificuldades estruturais da emergência do Ernesto Simões. Apesar disso, em menos de seis meses, dois prazos de inauguração foram descumpridos, o de dezembro de 2015 e o de março desse ano. Isso demonstra o descaso do Governo com a situação crítica da emergência do Hospital Ernesto Simões.

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