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“É hora de colaborar, mas também de cobrar melhorias na saúde do Brasil”, diz vice-presidente do Cremeb

27 de maio de 2016

Com intuito de restabelecer um canal de comunicação entre o ministério da Saúde e a sociedade, alguns movimentos sociais, organizados pela Ordem dos Médicos do Brasil e representantes do Vem pra Rua Saúde e #NasRuas, conseguiram uma reunião com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, que aconteceu na última quarta-feira (25), em Brasília.

O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), representado pelo vice-presidente, Júlio Braga, foi convidado a colaborar com a discussão de alguns temas. Um deles foi a obrigatoriedade de todos os médicos serem submetidos à revalidação de diploma, pois um teste de proficiência serve de controle da qualificação dos médicos e traz maior segurança aos pacientes. “Isto acontece em todos os países do mundo. No Brasil existia o Revalida, mas não foi aplicado em profissionais do ‘Mais Médicos’ e  temos receio  de que se torne regra no país”, comentou o conselheiro.

Outro tema debatido foi o estabelecimento de que a prerrogativa de diagnóstico nosólogico e prescrição terapêutica devem ser dos médicos. A ex-presidente Dilma vetou essa parte da Lei do Ato Médico, mas não autorizou outros profissionais a praticarem estes atos, o que faz com que haja uma indefinição jurídica.

Segundo Dr. Júlio Braga, o ministro Ricardo Barros informou estar disposto a ouvir a sociedade, e as entidades médicas não se furtarão em colaborar. “O ministério da Saúde não contou com um período de transição entre os ministros, por isso, agora é preciso unir forças para que nem a população, nem os médicos sejam prejudicados. É hora de colaborar, mas também de cobrar melhorias nas condições da saúde no Brasil”, comentou o conselheiro, frisando que o Cremeb sempre esteve aberto a colaborar com qualquer entidade da sociedade civil e movimentos sociais.

No encontro, Dr. José Márcio Vilaça, da Associação Bahiana de Medicina (ABM), esclareceu que as entidades médicas se distanciaram do ministro anterior por opção do próprio governo. O conselheiro Júlio Braga ainda esclareceu que o Governo federal não ouvia a categoria médica, ou ouvia e não aceitava as sugestões e, principalmente, quando fazia acordos não os cumpria.

Na ocasião, o ministro comentou: “Eu tenho feito esse esforço de ouvir vários representantes de vários setores da saúde para estabelecer o máximo de interlocução que eu posso”. Além do representante do Cremeb, estavam representados na audiência a Ordem dos Médicos do Brasil (Dr Leandro Serafim), o movimento Vem Pra Rua (Dr Cesar Leite), o movimento #NasRuas (Dra Maria do Socorro Campos), a Associação Bahiana de Medicina (Dr José Márcio Vilaça),  Sindicatos dos Médicos de diversos estados, a Associação dos Estudantes de Medicina do Brasil e mais 30 médicos de todo o país.

 

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