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CREMEB apoia mudanças na Política Nacional de Saúde Mental

13 de dezembro de 2017
O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), corroborando com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), vem a público manifestar seu apoio as propostas de mudança na condução da Política Nacional de Saúde Mental, atualmente sob a coordenação do psiquiatra Quirino Cordeiro Júnior.

Mau uso de recursos públicos, ausência de monitoramento das ações específicas e funcionamento insatisfatórios dos serviços disponíveis para a população foram algumas das falhas diagnosticadas pela atual coordenação na condução da Política Nacional de Saúde ao longo dos últimos anos.

Na tentativa de mudar este cenário, que contribuiu para o aumento de pacientes com transtornos mentais desassistidos morando nas ruas, presos ou superlotando as emergências médicas à espera de vagas para internação, o Cremeb deposita confiança nas mudanças propostas pela atua coordenação, que incluem os seguintes pontos:

· Criação de Sistema Ambulatorial com Atendimento Multidisciplinar;
· Qualificação e financiamento apropriados de Hospitais Especializados;
· Suporte ao processo de desinstitucionalização, com incentivo à saída de moradores de Hospitais Psiquiátricos, mas sem o fechamento dos leitos, focando-se no aumento da qualidade do tratamento de pacientes com quadros clínicos agudos;
· Estímulo a unidades de Saúde Mental em hospitais gerais, com obrigatoriedade de equipe multidisciplinar completa;
· Criação de CAPS especiais para áreas de grave consumo de crack e outras drogas, também chamadas “Cracolândias”;
· Fomento a Programas de Prevenção ao uso de Álcool e Drogas e Prevenção do Suicídio;
· Regulamentação adequada das Comunidades Terapêuticas, integrando-as à rede assistencial.

Vale lembrar que o estado da Bahia, de acordo com o Ministério da Saúde, tem apenas dois leitos de saúde mental em hospitais gerais, enquanto somente na capital baiana, a demanda solicita 150 leitos especializados. Segundo Dr. Quirino Cordeiro, a Bahia apresenta uma das redes de atenção psicossocial mais precárias do país.

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