Diante da preocupação divulgada pelo Cremeb com a possibilidade de atrasos na realização de cirurgias pra correção de fraturas em crianças, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) procurou o Conselho para informar a garantia de que os serviços não sofrerão redução nem retardo. Mesmo com o encerramento do contrato junto ao Hospital Martagão Gesteira, a pasta afirma que a criança que necessitar deste serviço terá o mesmo tempo de espera já praticado. De acordo com o secretário de Saúde, Fábio Vilas Boas, o Hospital do Subúrbio tem condições plenas para assumir a demanda, e caso necessário, a unidade passará por adaptações para atendimento.

Além do vice-presidente do Cremeb, Dr. Júlio Braga, e do secretário de Saúde, também participaram de uma reunião na manhã do dia 03, a médica Teresa Paim e a superintendente do Sistema de Regulação da Sesab, Ana Paula Dias. Ela informou que a Central de Regulação está ciente destas mudanças e garante ter condições de dar vazão às demandas, “mesmo em casos de urgência”. Informou ainda que, caso atrasos aconteçam, serão decorrentes de problemas na regulação de pacientes entre as unidades da Rede, mas que a estrutura, quantidade de leitos e de médicos ortopedistas pediátricos estão garantidos.

O problema veio à tona com duas reportagens da TV Bahia, nos dias 26 e 27 de março, mostrando casos de crianças que apresentavam fraturas e estavam na fila da regulação, com dificuldade de encontrar atendimento na rede pública do estado. Diante desses fatos, o Cremeb apurou junto a Sesab e tomou conhecimento da suspensão do contrato entre a secretaria e o Hospital Martagão Gesteira. O receio que decorreu era de que o contrato encerrado, no valor de 69 mil reais mensais, pudesse fazer falta no atendimento pois, apesar de aparentemente pequeno, era destinado a uma situação bem específica, a realização de cirurgias para correção de fraturas em crianças.

O Cremeb continuará atento para que a população pediátrica tenha as suas necessidades atendidas. “Esperamos que, nessa nova organização, o atendimento ortopédico de urgência das crianças seja mantido e não se perca a chance de evitar sequelas decorrentes do atraso na realização das cirurgias”, pontuou o vice-presidente do Cremeb.