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Residentes de anestesiologia do Hosp. Roberto Santos buscam o Cremeb para denunciar descaso com a formação teórica

14 de abril de 2022

 

Residentes de anestesiologia do Hospital Roberto Santos estiveram reunidos com o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), Dr. Otávio Marambaia, hoje (14), para denunciar e buscar apoio diante do recente desmembramento da equipe responsável pela preceptoria na unidade, provocando debilidade na competência teórica a ser adquirida, conhecimento essencial na formação desses médicos especialistas. Nos últimos dois meses, por exemplo, foram afastados das suas funções um preceptor e um chefe de serviço, deixando lacunas no cronograma dos encontros teóricos. A situação tem impacto também nas orientações práticas devido a demissão de um preceptor, por exemplo, mas é mais agravante na carga horária teórica, pois quem desempenhava essa competência específica era o chefe de serviços, também demitido recentemente.

“Estamos sem acesso aos encontros teóricos com essa recente desestruturação, o que gera forte impacto na nossa formação e, futuramente, pode resultar em desassistência de um serviço, prejudicando a sociedade”, explicou um dos médicos durante a reunião. De acordo com os residentes, a carga horária ideal preconizada para a parte teórica já sofria com lacunas anteriormente, mas era garantido o mínimo para continuidade dos trabalhos e, devido a complexidade de atendimento do Hospital Roberto Santos, entendia-se a prioridade à parte prática devido ao célere ritmo. Entretanto, os últimos sessenta dias registram que, após o recente desmembramento de parte da equipe, as aulas teóricas foram suprimidas.

O pleito dos residentes é que se regularize não somente a equipe de preceptores, mas que a gestão se empenhe em garantir uma escala completa de anestesiologistas para a unidade. “O ideal era que tivéssemos cerca de 13 anestesiologistas para a demanda e estrutura do Roberto Santos, mas na prática já vimos plantões com 2, 5, 6 anestesiologistas, muito distante do ideal”. O caso foi levado também à Comissão de Residência Médica (Coreme), instância auxiliar da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) e da Comissão Estadual de Residência Médica (Cerem), que está mediando o diálogo com o hospital, a fim de buscar soluções para o caso.

De posse dessas informações, o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia irá buscar intervenções junto à Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) para devidas providências em solução do problema, bem como junto ao Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), expondo o eminente risco à saúde da população que pode ser ocasionado com a ausência de aulas teóricas aos residentes em questão. Além dessa reclamação central trazida ao Cremeb, os médicos registraram a existência de equipamentos quebrados, alguns em uso mas que são muito antigos, situação que também impacta na qualidade do ensino e da assistência prestada à sociedade.

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