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COVID-19: CFM se manifesta em defesa da segurança na assistência

25 de março de 2020

Diante da crise da COVID-19 e do impasse existente entre o posicionamento do Excelentíssimo Sr. Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, e o dos governadores e do Congresso Nacional, com respeito às condutas que têm sido adotadas na prevenção e no combate a essa epidemia no Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) solicita que todos continuem a apoiar as medidas preconizadas pelo Ministério da Saúde, desde o início dessa pandemia no País, por serem de ordem técnico-científicas e baseadas nas experiências de outros países, que também estão sofrendo com esta doença.

É necessário que não haja, por parte dos governos e do Congresso Nacional, a politização dessa situação grave, sob pena de que as consequências desse impasse recaiam, diretamente, sobre a população brasileira, com maior número de infectados e possível aumento exponencial no total de mortes.

Ressalte-se que o País está enfrentando o início da epidemia de COVID-19 e que o pior ainda está por vir, levando-se em conta que o gráfico epidemiológico dessa infecção no Brasil apresenta curva ascendente, sendo indicativo de que grande número de pessoas serão infectadas e podem morrer em função da doença.

Todos – Governo Federal, governadores e Congresso Nacional – devem superar aspectos políticos, que têm prevalecido em seus respectivos posicionamentos nas últimas horas, e adotar as orientações emanadas pelo Ministério da Saúde, cuja conduta tem sido irrepreensível, até o momento, na definição de estratégias e ações para enfrentar essa pandemia, que se apresenta como a maior crise da saúde na história do Brasil.

O Conselho Federal de Medicina enaltece a atuação dos médicos brasileiros, que, neste difícil momento, empenham todos os esforços para ajudar a população e ao Governo a dar a melhor assistência aos que padecem da COVID-19 e suas complicações. Recomenda-se, portanto, que permaneçam em seus postos de trabalho, porque é nesta posição que poderão exercer a função mais relevante de suas existências: o papel de guardiões da vida.

Exige-se, ainda, que governadores e autoridades sanitárias garantam aos médicos e outros profissionais de saúde a segurança necessária para que possam desempenhar seu trabalho, como a oferta dos indispensáveis equipamentos de proteção individual (EPIs), leitos hospitalares de retaguarda, unidades de terapia intensiva e ventiladores em número suficiente para atender à demanda.

Finalmente, o Conselho Federal de Medicina se coloca à disposição das autoridades, dentro de suas competências legais, para contribuir nas discussões em busca de soluções adequadas e necessárias, visando diminuir o impacto dessa terrível doença – a COVID-19 – na população brasileira.

 

Brasília (DF), 25 de março de 2020.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

 

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