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Alta demanda no Mais Médicos confirma interesse dos médicos brasileiros

26 de novembro de 2018

A saída abrupta dos cubanos do Programa Mais Médicos deixou alguns municípios brasileiros desassistidos, mas não há como negar que esta decisão – tomada de forma unilateral pelo governo cubano – serviu para ratificar o posicionamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) e dos Conselhos Regionais de que o Brasil tem, sim, médicos em número suficiente e interessados em aderir ao serviço público de saúde, desde que haja contratos de trabalho regulares.

O último balanço do Ministério da Saúde, divulgado no final da manhã de hoje (26), revelou que 97,2% das 8.517 vagas oferecidas no novo edital do programa já foram preenchidas. De acordo com o levantamento, até às 12h desta segunda-feira, totalizavam 30.734 médicos inscritos com registro (CRM) no Brasil. Desse total, 21.407 inscrições foram efetivadas e, segundo a pasta, 8.278 profissionais já estão alocados no município para atuação imediata.

E esse número poderia ser muito maior, já que o Ministério prorrogou a inscrição para o próximo dia 07 devido a instabilidade no portal, que, provavelmente, foi causada pela alta demanda. O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), que realizou um mutirão entre os últimos dias 21 e 23 para atender 249 novos médicos que tiveram suas colações de grau antecipadas, recebeu muitas reclamações de médicos alegando dificuldade para se inscrever.

Solicitado pelo Cremeb, o Ministério da Saúde, através da sua assessoria de Comunicação, informou que ainda não dispõe de um levantamento de inscrições no Mais Médicos por estado. Vale lembrar que das 8.517 vagas oferecidas no novo edital, a Bahia ocupou o segundo lugar no ranking estadual de oferta, com 853 postos, perdendo apenas para São Paulo, com 1.406 oportunidades.

Carreira – Embora o novo edital do programa seja uma oportunidade para os médicos brasileiros, principalmente, para os mais jovens, o CFM e os CRMs continuam apostando na carreira de estado como forma de estimular a fixação dos médicos brasileiros em áreas distantes e de difícil provimento e, consequentemente, garantir a assistência médica básica no serviço público de saúde.

E esse pleito não é apenas dos Conselhos. Pesquisa do CFM realizada pelo Instituto Vox Populi, em 2015, revelou que a criação de uma carreira pública para os médicos é a principal prioridade da categoria. Os dados mostraram que 96% dos entrevistados consideram essa medida fundamental para quem atua na rede pública. O comportamento não variou, independentemente da região geográfica, do tempo de formação ou do tipo de vínculo empregatício.

 

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