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Psiquiatria na Bahia: CAPSIA atende mais de 250 pacientes com apenas um médico

26 de fevereiro de 2018

Um dos maiores problemas identificados pelo Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) nas unidades públicas de saúde, o déficit de pessoal que gera furo nas escalas, é um problema latente no Centro de Atendimento Psicossocial da Infância e Adolescência (CAPSIA). Mediante constato pela fiscalização do Conselho, a unidade atende mais de 250 pessoas, dentre crianças e adolescentes, mas dentre o corpo de funcionários há apenas um médico, que é psiquiatra, atuando. Uma outra médica que compunha o quadro está de licença e sem perspectiva de retorno.

De acordo com a gerência do CAPSIA, a secretaria de Saúde de Salvador – responsável pela gestão – já foi informada da necessidade de novos profissionais na unidade, dentre eles médicos, mas ainda não retornou providências para o pedido. “Embora tenhamos esse desfalque, continuamos com o atendimento a todo o contingente que nos procura. Há a necessidade de pessoal, mas nenhum serviço foi paralisado”, explica a gerente do Centro.

Outro problema identificado acontece no armazenar dos medicamentos, mediante relato da funcionária responsável pelo setor. “Nós precisamos de um ar-condicionado que tenha a função programável, para que durante os finais de semana a farmácia possa se manter refrigerada. Quando é feriado prolongado, por exemplo, a sala dos medicamentos fica 3 ou 4 dias fechada”, relatou a funcionária.

Durante a fiscalização, aconteciam algumas atividades terapêuticas com as crianças atendidas pelo CAPSI, uma delas na sala da biblioteca. Foram observadas também algumas debilidades na estrutura física da instalação, como salas sem equipamento de ventilação e portas desgastadas.