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Bens do Hospital Espanhol serão leiloados

28 de abril de 2016

Salvador vive uma perda constante de leitos hospitalares, na rede pública e privada. Em 2014, o Hospital Espanhol foi fechado, resultando no déficit de 270 leitos, sendo 60 de UTI adulta e 12 UTI neo-natal, para atendimento na capital. Na época, o ex-governador, Jaques Wagner, publicou um decreto declarando os imóveis pertencentes à Real Sociedade Espanhola de Beneficência, que administrava o Hospital Espanhol, bens de utilidade pública, o que blindaria o local de ser direcionado para outros fins. Hoje, o cenário é de descaso.

Após algumas negociações, o Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT5-BA) não concedeu ao Grupo Promédica um novo prazo para apresentação de uma proposta formal de compra do Hospital Espanhol. Para cumprir o pagamento de cerca de 2.300 trabalhadores, foi determinada a busca de créditos por meio de expropriação forçada do patrimônio do Hospital. As dívidas da instituição passam de R$ 113,8 milhões, só de passivos trabalhistas.

O conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) Otávio Marambaia diz que é lamentável um hospital como o Espanhol está desativado e em processo de destruição. “Há dois anos o governo disse que o hospital era de interesse público e agora vemos o leilão dos bens móveis, dificultando a sua reinserção na rede de atendimento. É uma perda para comunidade baiana. Esses equipamentos que serão leiloados poderiam estar sendo usados na rede pública, se o Estado tomasse providências”, comenta.

Ainda segundo o conselheiro a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) não demonstra interesse real em melhorar a saúde pública. Como exemplo, Dr. Marambaia cita a reforma das instalações da emergência do Hospital Geral Ernesto Simões Filho, que se estendeu por três anos. Nesse período, o local improvisado em contêineres tinha superlotação de pacientes, acomodação física insatisfatória e constantes situações de violência.

 

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