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Médicos do Hospital Estadual da Criança reivindicam direitos

15 de julho de 2016

Os médicos do Hospital Estadual da Criança (HEC), em Feira de Santana, estão em estado de greve, por tempo indeterminado, desde o dia 4 de julho. A razão da paralisação se dá por causa atraso salarial referente a julho de 2012, além dos meses de maio de 2015 e maio deste ano. Para explicar as questões éticas de uma paralisação, os médicos convidaram o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) para uma reunião que aconteceu na última terça-feira (12),na sede do hospital.

Os principais pontos discutidos foram relacionados a dúvidas sobre o tempo necessário para o desligamento coletivo dos médicos da unidade, além de como agir corretamente em todas as etapas do processo, o que inclui transferência de pacientes para outras unidades de saúde. Para a presidente do Cremeb, conselheira Teresa Maltez, é de extrema importância que a equipe médica tenha conhecimento das etapas éticas para saber como proceder de forma correta.

Segundo Dr. Lucas Nonato Nunes, que atua no Hospital Estadual da Criança, chegar ao ponto de ter que realizar uma greve é frustrante. “A situação chegou um nível insustentável. É muito triste e desagradável ter que lidar com a falta de condição para o exercício da medicina, vai até contra os anseios do próprio profissional, que gosta de cuidar das pessoas, principalmente se tratando de crianças”, relata ele.

O médico informou que os atendimentos continuam restritos. Apenas casos considerados mais graves e de urgência estão sendo atendidos. Já as consultas ambulatoriais e as cirurgias agendadas estão suspensas. Segundo o corpo clínico, após mais de uma semana de greve, ainda não houve um posicionamento formal da Secretaria de Saúde de Estado da Bahia (Sesab).

Dra. Teresa chama atenção para a necessidade de acelerar a resolução dos problemas, já que o prolongamento da paralisação pode causar um terrível impacto na assistência das crianças de toda a região. “Pedimos que a Sesab se empenhe em solucionar os percalços para que os médicos possam voltar a trabalhar o mais breve possível”, salienta a presidente do Cremeb.

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