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I Fórum de Telemedicina do CFM discute desafios da Telemedicina no Brasil

21 de julho de 2016

Especialistas e interessados em tecnologia e Informática em Saúde, médicos e professores universitários participaram, na última terça-feira (19), do I Fórum de Telemedicina do Conselho Federal de Medicina (CFM). O objetivo do evento é promover “uma maior interface entre a prática médica e os diferentes campos da Telemedicina, com especial atenção à segurança e confidencialidade do trânsito de informações pessoais e dados de saúde”, disse o conselheiro Aldemir Humberto Soares, responsável pelas áreas de Telemedicina e Informática em Saúde no CFM, durante a cerimônia de abertura.

Soares disse ainda que o CFM está atento ao seu papel regulamentador e que a Resolução CFM 1.643/2002, que define e disciplina a prestação de serviços através da Telemedicina, está sendo revisitada pelo CFM para acompanhar a rápida evolução tecnológica verificada nos últimos anos. “Revisaremos o texto mantendo sempre a segurança do trabalho médico e da sociedade”, disse.

Para o presidente da autarquia, Carlos Vital, “custo-eficácia e segurança são alguns dos principais parâmetros que devem nortear a telemedicina”, entendida em seu conceito tradicional como a transferência de informação médica – como laudos, prontuários e exames, por exemplo – de um local para o outro. Ainda de acordo com Vital, é necessária uma atualização legislativa para promover segurança jurídica e acompanhar os avanços de uma sociedade civilizada.

O primeiro palestrante do evento, Chao Lung Wen, da Universidade de São Paulo (USP), ao falar sobre o Estado da Arte da Telemedicina, também enalteceu o importante papel da regulamentação na área. “Assim como controlamos a indústria farmacêutica [para garantir a qualidade e a segurança de seus produtos], é fundamental construirmos sistemas mensuráveis para qualidade dos aplicativos para a saúde”, afirmou. Ainda de acordo com Wen, a Telemedicina não vai romper com os parâmetros existentes e sim aprimorá-los.

O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) esteve presente no encontro representado pelo vice- presidente, conselheiro Júlio Braga, e o conselheiro Otávio Marambaia.  Segundo Júlio Braga há uma ansiedade por parte dos grupos que trabalham com Telemedicina para que o CFM determine imediatamente novas regras para o setor, que hoje se encontram na resolução 1.643/2002. “Embora tenhamos 14 anos dessa resolução, a mesma  ainda contempla as bases éticas para a prática médica no setor. Concordo com a postura do CFM em ter cuidado para elaborar uma atualização  só após debates e estudos sobre o assunto”, comenta o conselheiro.

 

Fonte: Com informações do CFM | Portal Médico

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